20 fevereiro 2006

À flor da pele





Eu sempre fui fã da música brasileira, nunca fui de ouvir Stones, Nirvana, Guns, Doors, e qualquer outra banda internacional, nem na adolescência. (Espero ter ficado claro que tb nunca tive camiseta preta com uma caveira no meio – sim, pq nao basta ouvir esse tipo de som, o ‘kit’ que se paga é toda uma postura de vida). Antes eu ficava até constrangida em falar que odiava isso. Porra, eu tenho preconceito, sim! São poucos os que gosto de ouvir, mas a frequência com que faço é tão baixa, que acabo de me reservar o direito de não mencioná-los.

Falando da nossa sensacional música, acabo de perceber uma coisa: fora do Brasil eu ouvi - e consequentemente conheci – com uma frequência ainda maior MPB! Aliás, não só música. Leio mais quando estou aqui. Em 3 meses li 5 livros (me desculpem os intelectuais, eu acho muito!), pesquisei mais sobre a vida dos autores, compositores, músicos, escritores, poetas e celebridades que admiro.

Será que a saudade é em parte responsável por essa mudança de comportamento, ou melhor, pelo aumento de situaçoes que me permitam o contato com meu país? Não sei. O que sei é que tb quando volto pra ele, já na Marginal um ‘engolir seco’ acontece e vejo meu lado Policarpo Quaresma (um dos maiores ufanistas da história da literatura
) ir se afastando, afastando...

7 Comments:

de
Blogger Giacomo said...

Freud explica...

Uma vez eu li que existe uma linha psico-analitica (ou psicologica, ou o cacete a 4) que define que o individuo se ve pelas diferencas em relacao ao grupo. Um advogado se ve como "advogado" dentro de uma conferencias de medicos ao passo e se vera como "homem" se estiver numa convencao de manicures(???). Enfim, de acordo com essa linha, eh natural que Brasileiros se veja como Brazucas mais fora do pais do que dentro, cqd. O termo "saudade" seria entao um termo poetico para uma teoria cientifica fria e chata e sem sal com essa.

Eh um triste fim...

21/2/06 2:04 AM  
de
Anonymous Anônimo said...

Adorei os textos :-)

22/2/06 9:13 AM  
de
Blogger Liginha said...

Si Mozzilli... A gente se conhece? Se nao, como vc chegou no meu blog?

Ah! Que legal que vc gostou dos textos!

:-)

22/2/06 10:10 AM  
de
Anonymous Anônimo said...

Ótimo esse texto, mta gente tem mesmo esse medo de assumir que não ouve e nem curte bandas gringas (já no meu caso é um pouco diferente), eu ouço mta coisa de fora mas também curto mto o nosso produto nacional.
Sobre o questionamento que vc se fez no final, acho que é natural em todo mundo que deixa o Brasil ficar com um pontinha de saudade e buscar ler e ouvir coisas do nosso pais que apesar de problematico é maravilhoso.

Bjo!

22/2/06 5:38 PM  
de
Blogger Liginha said...

Primeiro, a visao 'psico-analítica ou o cacete a 4' eu achei o contrário de sem sal! Porra, fiquei refletindo maior tempao depois, rs!

Adorei a comparacao com o Manuel Bandeira, é bem por aí mesmo: idealizar, idealizar...! Enfim, semana que vem tô indo pra Pasárgada. Pelo menos espero! :-)

23/2/06 6:26 AM  
de
Blogger Unknown said...

Olá, eu não desisto mesmo de tentar de conhecer, mesmo que virtualmente... rs... é que achei um link seu no blog da Anna e vim ver seu espaço... Vai ser bem interessante conhecer as reflexões de uma brasileira no estrangeiro... Olha, mas em pequena proporção, quando a gente muda de estado acontece a mesma coisa... Nunca senti tanta saudade de Adoniram... do Premê... acho que alguma coisa acontece no meu coração...

27/2/06 11:48 AM  
de
Blogger Liginha said...

Seja bem-vinda ao meu espaço, claro! Eu tb já li vários dos seus textos e gosto de todos!

Essa semana tô voltando pro Brasil e pra dizer a verdade, sem maiores reflexoes agora, espero que esteja beeem quente, pq aqui tá um frio da porra! :-)

28/2/06 5:01 AM  

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