08 junho 2007

Pontual


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Passo semanas com uma mesma atitude ou pensamento. Tentativas de mudança, por mais positivas que possam parecer, me causam medo. Medo de dar errado, de doer, de falhar, de me arrepender, medo do medo do que poderá acontecer. Assim encontro uma espécie de justificativa pra algumas atitudes estagnadas.

Sou adepta a teorias. Aliás, se há duas coisas que funcionam pra mim são teorias e promessas. Gosto de ter uma teoria pro funcionamento das coisas que de alguma maneira me afetam. E se quero mudar, a promessa está lá pra me dar suporte. Sem entrar muito nesse mérito, é assim que ajo.

Longe de ser piegas, percebi recentemente uma nova teoria no ar: não podemos aceitar ou mesmo ficar contentes com sentimentos pela metade. Veja bem, pela metade pode ser 1/3, 2/3 ou muito próximo a 1. Contanto que não chegue a 1, está dentro do meu campo teórico. Isso não é unilateral, vale tanto pro que sinto quanto pro que quero que sintam por mim (notem que não me refiro necessariamente ao amor). Alguém que eu seja ‘meio a fim’, um jantar meia-boca, um chefe que não tem certeza da capacidade de alguém ou mesmo uma balada média são – de fato – broxantes. Prefiro coragem à dúvida, emoção ao morno, tentativa à mesmice.

Pode até ser um pensamento típico de engenheiro – too much rational – mas por enquanto é essa teoria que está em vigor. Dessa vez, sem poesias e mais ênfase à razão. Até o próximo post.

01 junho 2007

Puro


Simples...
Sem julgamentos, pretensão ou distinção
Irresistível aos olhos com fervor
Sinto por dois querendo invadir
De tanto querer, de tanto porvir

Mistura ansiosa de cores e tons
Sensações bipolares em frações de segundo
Num instante, fraqueza sufocada
No outro, te entrego toda minha alma.