31 outubro 2006

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Arrependimento – (Wikipédia): “arrependimento quer dizer mudança de atitude, ou seja, atitude contrária, ou oposta, àquela tomada anteriormente”.
Eu associo o arrependimento à culpa. Eu prefiro me arrepender. Na verdade, não é questão de preferência. Já me arrependi por fraqueza. Porque foi mais fácil me deparar com ele do que a vontade enrustida.

Culpa – (Wikipédia): “culpa se refere à responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral ou espiritual a si mesma ou a outrem. O processo de identificação e atribuição de culpa pode se dar no plano subjetivo, intersubjetivo e objetivo”.
Outro dia, almoçando com um amigo, ele disse algo que me fez pensar muito depois: “culpa é uma coisa que foi inventada pra que houvesse controle sobre as pessoas. Não é sentimento. Para tê-la, é necessário ser religioso... ou judeu.” Fantástico.

Alegria – (Wikipédia): “representa um sentimento humano
de bem-estar, euforia, empolgação, paz interna”.
Uma pessoa alegre, feliz, de acordo com essa teoria não sente culpa. Estava lendo uma pesquisa feita pelo Datafolha, e numa data tal (de 2006), ela revelava que 76% dos brasileiros se consideravam felizes. O curioso é que os evangélicos pentecostais
foram os que mais se se deram bem: 83% (os ateus atingiram 67%).

Ainda no tema ‘feliz’, encontrei isso aqui: “Do grego: "phelis". Diz-se que uma pessoa é feliz quando possui o ar da graça, ou em total estado de euforia. Uma pessoa feliz é capaz de muitas coisas. Phelis Xiddad Croniccus é uma doença que afeta pessoas que acham graça em tudo, possuem desvio de caráter e isso deve ser tratado por profissionais: psiquiatras”.

Um sujeito tomou uma atitude ‘errada’. Acompanhará esse pobre infeliz a culpa? Se ele for um evangélico pentecostal, quase certamente não dará a mínima, é bem resolvido (afinal, Ele é sangue bom). Na outra visão, basta se desconverter (e assunto encerrado). E por fim, se ele estiver bem, é um doente mau-caráter com solução psiquiátrica!

Ah, quer saber?***






***volte ao topo.

17 outubro 2006

Uma nota





Como faria se um tema não saísse da minha cabeça? Deixo de escrever por ser piegas? Absolutamente! Escrevo, tenho personalidade. Mas escrevo sobre ele? Acho que vou falar sobre o filme Closer, ao qual recentemente assisti. Não seria piegas, pelo contrário, é ‘cool’.


Pensando bem, poderia falar sobre a Miúcha. Acabei de ver na Cultura um show que ela fez em 1984. Sensacional. Ela cantou – pra variar – inúmeras músicas maravilhosas da época de Tom Jobim, em que quase todas as músicas brasileiras eram maravilhosas (isso é que é privilégio!). Foi quase igual ao show que pes-so-al-men-te vi (nossa, a separação silábica foi a parte mais demorada do texto. Talvez devesse falar sobre educação no país, rs).

...E Miúcha me lembra Chico, que me lembra música, que me lembra o tal tema piegas...

Apaguei alguns parágrafos começados. E assim o farei até que termine o texto - de preferência sem alusão, menção, analogia ou whatever a ele. Até pareço o Djavan, que em 98% de suas músicas é monotemático!

Acabou de começar um filme na Globo. Paro de escrever (e mudo de canal, nem um parzinho romântico no filme há, oras...).

13 outubro 2006

Fase


Acalma...
com a inspiração precisa
A sensação esperada,
mantendo os olhos fechados num suspiro cansado
... na insistência dessa teimosa lembrança

Paciência

Saio buscando, buscando
Novos olhares confundindo até mesmo a mim
Acredito.
Me pego num rumo enviezado
e procurando, lá longe acredito ver:

a calma

04 outubro 2006

A luta continua







Algum tempo atrás, quando ainda estava na Alemanha, lembro que fiz um post em homenagem à São Paulo. Isso sim, cidade maravilhosa... Certo? Cidade da garoa, dos bares, do agito, dos bons restaurantes, de Maluf deputado eleito mais votado, de shows, eventos bizarros, diversidade mil.

Cidade que me enche de orgulho... Com mais de 200 mil votos temos Campos Machado. Povo cosmopolita pra deixar país de primeiro mundo com inveja. E viva Clodovil!

E a vista do Edifício Itália, então? Nem se fala... No pôr-do-sol garanto que é mais bonito. Ôxe, povo com orgulho exorbitante e Serra reeleito! Cidade da garoa. É bem verdade que tem chovido à beça nos últimos meses... “Orgulho”: elegemos muitos, impedimos um. Com sua licença, vou ouvir Dorival Caymmi.


Saudade da Bahia

Ai, ai que saudade eu tenho da Bahia
Ai, se eu escutasse o que mamãe dizia
"Bem, não vá deixar a sua mãe aflita
A gente faz o que o coração dita
Mas esse mundo é feito de maldade e ilusão"
Ai, se eu escutasse hoje não sofria
Ai, esta saudade dentro do meu peito
Ai, se ter saudade é ter algum defeito
Eu pelo menos, mereço o direito
De ter alguém com quem eu possa me confessar
Ponha-se no meu lugar
E veja como sofre um homem infeliz
Que teve que desabafar
Dizendo a todo mundo o que ninguém diz
Vejam que situação
E vejam como sofre um pobre coração
Pobre de quem acredita
Na glória e no dinheiro para ser feliz